Pois é, faz um tempinho que não postava nada, e também desde 15/06 eu não tinha feito poema nenhum.
Não ouso dizer que estou com algum "bloqueio criativo" já que poesia não tem nada a ver com criatividade, e sim com sentimentos e intuições (pelo menos são assim pra mim).
Não é justo entretanto que eu deixe meu blog assim largado. Ele precisa de meus cuidados. =P
E o bom desse blog é que ele me incentiva a escrever os meus rascunhos tão necessários.
Parece até que tenho perdido o dom de escrever poemas, talvez seja a falta de prática.
Acho bom eu explicar o meu relaxo com as escritas.
Nesses últimos dias tive alguns momentos inesquecíveis, graças a um visitante meio maluco de terras não tão distantes assim ;P
Toda minha cabeça ficou ocupada já dias antes de sua chegada, e durante sua presença eu não pensei em mais nada.
Mas o que me fez se afastar dos papeis, não foi nem o antes nem o durante. Foi o depois.
Quando algo extraordinário lhe acontece e depois se encerra (pelo menos temporariamente) você fica desorientado.
Eu tive que me readaptar a minha rotina, na verdade ainda estou fazendo isso com certa dificuldade.
Nesse periodo você fica desorientado e incoerente.
Eu ando incoerente.
Por isso tudo que posso trazer para vocês hoje é:
A incoerência dos Eucaliptos.Parece que foram anos inteirosDesde a última vez em queEstive a sós com o papelA sós comigo mesmaSuportando minha companhiaApreciando minha melancoliaEscrevendo a esmoNesta noite sem estrelasSem amor, Sem alegrias,Vejo eucaliptos dançandoBem à minha frenteIncoerentes como o ventoIncoerentes, mas com talentoIncoerentes na noite incoerente.O mundo continua coerenteSó eu não continuo com o mundoOs eucaliptos dançandoTentam me animarO vento sussurra em meu ouvido"Ele vai voltar"Incoerente é te amarComporto-me como doidaAtravesso ruas sem olharFumo mais cigarros que o normalDou bom dia para as pessoasMas não, não estou legal...Há quem eu encontreiQuem veio me verQuem vai voltarQuem não posso esquecerMas os eucaliptos não saem do lugarEu ainda posso me mexerIncoerente sou eu que parada fico esperando o fim do cicloviver-morrer.