Amei-os do modo
Que me foi permitido
E sofri ao vê-los entregues
Nas mãos da eternidade
Invejei-os tão avidamente
E por culpa da saudade
Quis segui-los e reencontrá-los
Pois se um morre
Mata um pedaço de alguém
Há vestígios vivos de vocês
Nas partes mortas de mim
Quem morre mata também
No fundo
Quem morre continua vivo
E quem continua vivo
Morre ao ver o vivo morrer
No fundo ninguém morre
Pois se um continua vivo
Há espaço pro morto sobreviver
A morte corta o fio da vida
Não os laços que nos unem
Os mesmos laços punem
Os mesmos laços curam as feridas
A morte não castiga quem vai
A morte mata quem fica
Quem está indo quer ficar
E quem fica quer seguir
Não por que morrer é a solução
Mas porque o que conta é a união
O que mata é a separação
Dos que não poderão mais se ver
Pois viver sem que se ama
Não é viver
O que mata
Não é a morte
Pois a morte dá uma nova vida
O que mata
É ficar entregue a sorte
E só aprender a viver
Depois de uma despedida.
Suas poesias estão dava vez mais bonitas e a qualidade deles só aumenta. Continue escrevendo sempre, a cada novo poema você se supera, escreve algo que vem de dentro da sua alma e por isso se torna tão belo!
ResponderExcluirBelo! Parece que você acerto na hora de escrever, pois me fez mudar totalmente de idéia.
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