terça-feira, 29 de março de 2011

Vivendo

Vivendo

Queria viver brevemente
Com intensidade da primeira lágrima.
Vida...
Castigo ou dádiva?

Queria viver intensamente
Com a eternidade do adeus.
Queria viver levemente
Apenas com o peso dos sonhos meus.

Queria viver flutuante
Livre e leve pelo caminho
Indo sempre tão distante
E voltando em tempos ao meu ninho

Queria viver do avesso
Longe desse padrão imposto
Queria viver sem medo
Sem nenhum pedaço morto

Queria viver loucamente
Errando a cada instante
Ouvindo os conselhos da mente
Seguindo o coração errante

Queria viver amando
E sendo amada por alguém
Amando quem me ama também

Amando quem não me conhece
Amando quem me entristece
Amando apenas...
Por que o amor sempre vale à pena

Queria viver livremente
Não passando em branco
Sendo envelhecida pelo tempo
Mas não perdendo o encanto

E depois de viver tanto
Nessa passagem tão breve
Morrer sem lamentos
Morrer como se deve.

Este poema foi feito em: 05/03/2011

A vida para mim tem sido tão estranha quanto provavelmente foram meus primeiros anos nesse mundo. Sinto-me numa linha insignificante que não leva a lugar nenhum, mas mesmo assim tenho medo desse lugar.
Recordo todos os tolos sentimentos e pergunto-me: Eu amei pelo bem do meu coração, ou meu coração amou pelo meu bem?

Aguardem o próximo quase poema. ;P

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