sábado, 5 de março de 2011

Não há vagas


O poema que pretendo publicar “não há vagas”, foi feito meio na marra e é um sobrevivente.

Estava no trabalho e os versos vieram à mente, larguei tudo o que estava fazendo e rabisquei no guardanapo. Mantive-o no bolso da calça, e quando cheguei em casa esquecida do poema, coloquei minha calça na máquina de lavar. Por sorte lembrei-me dele antes da máquina bater.

O poema estava quase que praticamente ilegível. Sempre odiei quebra-cabeças, mas desta vez foi necessário montar um. Quase desisti do poema.

Não sinto que ele está completo, mas não há problemas. Nem tudo o que começa acaba (apesar de discordarem disso).

Hoje há pouco fiz outro poema, demasiado melhor, mas deixá-lo-ei para a próxima.

Deixo um versinho antes do poema sobrevivente. Uma mensagenzinha para os apaixonados feita hoje também (estou, graças a Deus, numa fase bem produtiva XD).


Rima simples”

“A pessoa certa não é aquela

Que quando você ama

Não consegue amar mais ninguém

A pessoa certa é aquela

Que quando você ama

Ama o mundo inteiro também”


Agora sim o poema:


Não há vagas


Preenchida e revestida

De ilusões conspiratórias

“Eu sei que daria certo se...”

E desse “se” nasce a trama enganatória.


Alma ocupada por uma sequência

Infinitivamente insignificante de palavras.

Um sonho maldito

Um par de asas quebradas.


A mente inebriada

Por um amor incompreendido

Instável, imperfeito e

Incorrespondido


Lembrada por terceiros

De minha ingenuidade

Dessa perversa insanidade

Calo-me e retorno aos meus bueiros


No meu coração

Não há hóspedes

Mas não há vagas

Só sua maldita insignificante

Sequência de palavras


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