Vivendo
Queria viver brevemente
Vivendo
Queria viver brevemente
Seu poema sem nome
Queria um poema belo
Queria mencionar o amor
Espero que tenham gostado dele =)
Gostaria de agradecer à Graci Fochi, por apresentar-me um livro que agora está na lista d livros para comprar. Apresentar-me especialmente um trecho do livro que me fez pensar, pensar, pensar e não chegar à conclusão nenhuma.
Esse poema não dos melhores, mas reflete um pouco do que o trecho de “A insustentável leveza do ser”.
Transcrevo aqui o trecho para que possam vocês também tirar suas conclusões:
"(...)Não existe meio de verificar qual é a boa decisão, pois não existe termo de comparação. Tudo é vivido pela primeira vez, sem preparação. Como se o ator entrasse em cena sem nunca ter ensaiado. Mas o que pode valer a vida, se o primeiro ensaio já é a própria vida? É isso que faz com que a vida pareça sempre um esboço. No entanto, mesmo "esboço" não é a palavra certa porque um esboço é sempre um projeto de alguma coisa, a preparação de um quadro, ao passo que o esboço que é a nossa vida não é esboço de nada, é um esboço sem quadro(...)"
Eis o poema feito em: 14/03/11
Incerto
Acordo e estou viva
Viva de modo incerto
Pois há dúvida...
Eu realmente acordei?
Esses raios dourados são reais?
Ou são algo que num
Sonho distante enxerguei?
Essa camada cinza no céu,
Trará chuva outra vez?
Tudo é tão novo
Mas não tão estranho assim
Começou sem pré-estréia
E não sabemos o fim
Vivo de modo incerto
Quem possui muitas certezas
Está um pouco iludido
Vivo de modo incerto
Habito um mundo corrompido
Vivo de modo incerto
Convivo com humanos!
Há algo mais incerto que nós?
Eu vivi o “antes”, mas o agora
já é o “depois”?
Vivo nessa infinita novidade
E de todos os medos já esqueci
Pois se eu errar, eu acertei
Se eu acertar, eu venci.
Recordei-me agora de uma frase de Proust: “A realidade só se firma na memória. As flores que me apresentam hoje, não parecem verdadeiramente flores.”
Recomendo a todos que querem ter uma visão mais ampla do significado da morte e vida de um ser humano, a assistir “Ao entardecer” no inglês “Evening”.
O poema que pretendo publicar “não há vagas”, foi feito meio na marra e é um sobrevivente.
Estava no trabalho e os versos vieram à mente, larguei tudo o que estava fazendo e rabisquei no guardanapo. Mantive-o no bolso da calça, e quando cheguei em casa esquecida do poema, coloquei minha calça na máquina de lavar. Por sorte lembrei-me dele antes da máquina bater.
O poema estava quase que praticamente ilegível. Sempre odiei quebra-cabeças, mas desta vez foi necessário montar um. Quase desisti do poema.
Não sinto que ele está completo, mas não há problemas. Nem tudo o que começa acaba (apesar de discordarem disso).
Hoje há pouco fiz outro poema, demasiado melhor, mas deixá-lo-ei para a próxima.
Deixo um versinho antes do poema sobrevivente. Uma mensagenzinha para os apaixonados feita hoje também (estou, graças a Deus, numa fase bem produtiva XD).
“Rima simples”
“A pessoa certa não é aquela
Que quando você ama
Não consegue amar mais ninguém
A pessoa certa é aquela
Que quando você ama
Ama o mundo inteiro também”
Agora sim o poema:
Não há vagas
Preenchida e revestida
De ilusões conspiratórias
“Eu sei que daria certo se...”
E desse “se” nasce a trama enganatória.
Alma ocupada por uma sequência
Infinitivamente insignificante de palavras.
Um sonho maldito
Um par de asas quebradas.
A mente inebriada
Por um amor incompreendido
Instável, imperfeito e
Incorrespondido
Lembrada por terceiros
De minha ingenuidade
Dessa perversa insanidade
Calo-me e retorno aos meus bueiros
No meu coração
Não há hóspedes
Mas não há vagas
Só sua maldita insignificante
Sequência de palavras