quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

Minhas asas


26/11/2010

Amei-te como uma louca sem rumo

Que aceita a queda sem pestanejar

Que se despedaça ao querer voar.


Amei-te como se meus dias estivessem acabando

Como se houvesse apenas um dia para provar

O amor que pulsava.

Que eu respirava, por ser meu ar


De uma hora para outra

Sou engolida por uma onda do mar.

Onde vou parar?


Amei-te como se fosse minha última chance

Amei-te como que de relance

E jamais me esquecerei de te amar.


Nada é com antes.

E de agora em diante

Nada entre nós será.

Agora uma canção distante

É que me faz lembrar

Dos dias em que estive perante a ti

E não tive voz para lhe falar.


Amei-te como besta teimosa

Amei-te como que em prosa

Que demora a findar.


Amei-te como se o mundo fosse eterno

Como se cada dia fosse o primeiro

Via-te como herói,

Como príncipe e como guerreiro.


De todos os amores

Tu foste o mais puro.

De todas as dores

Tu foste a mais pertinente

De todos os segredos

Tu foste o mais seguro

De todos os beijos

O teu foi o mais caliente


De todas as pessoas

Tu foste a mais amada

De todos meus palpites

Tu foste o mais certeiro

Em todas minhas fugas

Tu foste a única estrada

De todos meus erros

Tu foste o primeiro.


Amei-te como aventureira

Que sobe no veleiro sem saber remar.


Tu foste a luz que originou minha cegueira.

Tu foste a dor que me fez voltar a enxergar.


Tu foste o amor de uma vida inteira

Tu foste uma brincadeira

Que machuca quem não sabe brincar.


Tu foste a distração

Quando eu estava de bobeira

E foi assim de besteira

Que eu aprendi o que é amar.

by: Tarsilla Xavier Rocha


Ai está! Um dos poemas que acho mais belo. Por isso começo com ele.

Espero que tenham gostado.

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