26/11/2010
Amei-te como uma louca sem rumo
Que aceita a queda sem pestanejar
Que se despedaça ao querer voar.
Amei-te como se meus dias estivessem acabando
Como se houvesse apenas um dia para provar
O amor que pulsava.
Que eu respirava, por ser meu ar
De uma hora para outra
Sou engolida por uma onda do mar.
Onde vou parar?
Amei-te como se fosse minha última chance
Amei-te como que de relance
E jamais me esquecerei de te amar.
Nada é com antes.
E de agora em diante
Nada entre nós será.
Agora uma canção distante
É que me faz lembrar
Dos dias em que estive perante a ti
E não tive voz para lhe falar.
Amei-te como besta teimosa
Amei-te como que em prosa
Que demora a findar.
Amei-te como se o mundo fosse eterno
Como se cada dia fosse o primeiro
Via-te como herói,
Como príncipe e como guerreiro.
De todos os amores
Tu foste o mais puro.
De todas as dores
Tu foste a mais pertinente
De todos os segredos
Tu foste o mais seguro
De todos os beijos
O teu foi o mais caliente
De todas as pessoas
Tu foste a mais amada
De todos meus palpites
Tu foste o mais certeiro
Em todas minhas fugas
Tu foste a única estrada
De todos meus erros
Tu foste o primeiro.
Amei-te como aventureira
Que sobe no veleiro sem saber remar.
Tu foste a luz que originou minha cegueira.
Tu foste a dor que me fez voltar a enxergar.
Tu foste o amor de uma vida inteira
Tu foste uma brincadeira
Que machuca quem não sabe brincar.
Tu foste a distração
Quando eu estava de bobeira
E foi assim de besteira
Que eu aprendi o que é amar.
by: Tarsilla Xavier Rocha
Ai está! Um dos poemas que acho mais belo. Por isso começo com ele.
Espero que tenham gostado.
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirAMEI!
ResponderExcluirSIMPLESMENTE PERFEITO.